Falar em sexo e desporto, é algo muito controverso e que não reúne consenso nos diversos quadrantes da sociedade desportiva. Estando agora envolvidos neste espírito de mundial, muito se tem falado e que nos faz olhar para os jogadores, não só como atletas de alta competição, mas também como homens, com emoções e desejos.
É tudo mito ou são verdades absolutas? É ou não benéfico para estes terem sexo durante o mundial? Levantam-se três questões essenciais que já foram alvo de investigações científicas.
1 – Existe uma diminuição da testosterona após as relações sexuais? De facto não, podendo mesmo acontecer o caminho inverso, havendo assim uma estimulação da sua produção.
2 – Qual a influência do período refratário na competição? Após a ejaculação, existe a libertação de substâncias químicas (neurotransmissores), que promovem a sensação de tranquilidade, felicidade, bem-estar e relaxamento. A dúvida aqui coloca-se no tempo que abrange este período, ou seja, se numa pessoa mais jovem pode ser de meia-hora, noutra mais velha podemos estar a falar de horas. Portanto, neste caso não é plausível, podendo mesmo ser benéfico, mas não obviamente algumas horas antes do jogo.
3 – E quanto ao gasto energético, as calorias consumidas são prejudiciais para a performance desportiva? Tendo em conta que em cada 30 minutos se pode perder entre 100 a 200 calorias, então basta comerem um iogurte para reporem as mesmas.
Após estas respostas, percebemos que acima de tudo é mais uma questão de individualidade, dependendo do próprio atleta. O sexo pode mesmo ser regenerativo, importante na autoestima e autoconfiança, relaxa, possuindo um forte efeito na diminuição do stress, reduzindo a ansiedade e contribui também para um sono reparador, sendo uma mais valia ainda maior para os atletas que não lidam bem com a pressão das provas. O se não, é em que condições isto acontece, pois o tempo de descanso não pode ser comprometido, muito menos com saídas à noite ou álcool.
Prendemo-nos agora com outra questão, estando os jogadores privados da presença das companheiras neste mundial, de que forma contornam esta situação? Os desportistas são mentes preparadas e aptas para a abstinência de atos sexuais em períodos como este, no entanto, a estabilidade emocional influencia o atleta, assim sendo, o bem-estar relacional torna-o mais focado e menos “preocupado” nessa área, dando-lhe espaço para uma maior concentração nos seus objectivos. De forma a que isto não seja comprometido, prende-se então a necessidade de adopção de estratégias como a masturbação.
Artigo publicado em formato papel na revista NOVA GENTE

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